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Mostrando postagens de abril, 2011

Infinito momentâneo

          Chegou em casa e se desfez de tudo que não lhe soava bem. Tudo o que era áspero e ácido. Atirou ao chão todas as pseudoafirmações que talvez em tempos longínquos houvessem sido suas mais concretas certezas.             Vestiu-se de estrelas e com elas brilhou a noite de lua cheia que outrora iluminara sua silhueta em meio a tantas promessas inúteis.           Pintou no dia que havia se deitado há muito a sabedoria que adquirira. E jogou-se em uma outra dimensão; o seu infinito. Mergulhou no mar que mais gostava (e que tantas vezes temia): sua alma.           Agora via-se completa. Continha em si o suficiente. A fórmula que necessitava.           Abriu um sorriso e se lembrou o quanto era bom dar risada.  .