Alô, Marisa!

"Eu aprendi com a primavera a ser cortada e voltar sempre inteira"

Cecília, sempre linda.

Ô, moço! Deixa eu, moço! Deixa eu meio aos avessos, meio assim, meio assado. No meu mundo, do meu jeito, com meu gosto! Deixa eu, moço! Que faço não porque quero, mas porque sou! E sou o que a vista alcança, o nariz cheira, a mão encosta. Sou até o que não foi escrito, sou o verso que não saiu, a rima que não deu certo, o fogo que não pegou!
Então deixa eu, viu, moço?! Que sou breve ao olhar de quem não vê e sou sempre demorada, arrastada, meio trôpega, pra quem quer enxergar.
E não venha com ideologias, moço, nem você, minha senhora, que não sou para analisar. Não quero filosofias, nem explicação, nem nada que siga um curso de lógica! A existência está contida no indefinível, em tudo o que o amar tem de inimaginável!
Então vem, viu?! Ou me aceita, ou me deixa, moço, que isso aqui é uma explosão! E sou esse constante não estar estando, o não fazer fazendo, tudo o que o senhor há de não entender e mais um pouco. Não me critica, tá, moço? Que se sua imensidão tem barreiras, decerto de pedreiro trabalhou!
Deixa eu, deixa eu... Porque assim sou e assim quero, meio errado e meio torto, mas funcionante! Do levantar ao ir-se-por, em todas as direções e ao mesmo tempo, no espaço de um segundo, deixa eu aqui do meu jeitinho, que é assim que tem que ser...



Comentários

  1. Cecilia, e você né coisa linda ? voltei aqui achando que estava abandonado, e surpresa, você ainda esta aqui *-* e eu voltei :B

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  2. Ótimo post Ana, gostei do seu estilo de escrita. Meu passou até inspiração para escrever os meus haha.

    Abraços.

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  3. Moço, deixa ela, vai moço! Ela é essa explosão repentina.... Que fica adormecida e então...... Moço, deixa ela.....

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